Um estudo recente realizado no Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) - Campus Rondonópolis propõe uma abordagem inovadora para o ensino da evolução biológica no Ensino Fundamental II. A pesquisa, desenvolvida pela acadêmica em Licenciatura em Ciências da Natureza (LCN), Edilene de Jesus Rodrigues e a professora doutora em Biologia, Adriane Barth, apresenta uma sequência didática baseada na metodologia ativa de rotação por estações de aprendizagem.
No artigo publicado na revista Experiências em Ensino de Ciências da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Qualis B1, a proposta metodológica do estudo envolveu quatro estações temáticas: fósseis como evidências da evolução, evolução humana, teorias evolutivas e seleção natural. Antes de iniciar o circuito, foi realizado um mapeamento dos conhecimentos prévios dos alunos, seguida da organização em grupos rotativos que passaram por todas as estações. Ao final, os estudantes responderam um questionário avaliativo para medir o impacto da estratégia.
A pesquisa foi aplicada a duas turmas do 9º ano de escolas públicas, totalizando 46 estudantes. Durante as quatro aulas de 50 minutos cada, os alunos participaram ativamente das atividades propostas. O resultado da avaliação mostrou um índice de acertos de aproximadamente 80%, evidenciando uma assimilação eficaz dos conceitos trabalhados.
Os estudantes demonstraram maior interesse em atividades lúdicas, como o jogo de tabuleiro sobre teorias evolutivas e o quebra-cabeça sobre adaptação. O estudo reforça, então, a importância das metodologias ativas no ensino de ciências, tornando as aulas mais dinâmicas e interativas.
A adoção da rotação por estações de aprendizagem demonstrou ser uma alternativa viável e eficaz para ensinar evolução biológica, tornando o aprendizado mais envolvente e contribuindo para uma formação científica mais sólida entre os estudantes do ensino básico.
Para a acadêmica de LCN, Edilene Rodrigues, a validação do trabalho desenvolvido foi fundamental para sua trajetória acadêmica, e que hoje como professora, tem buscado aplicar a metodologia ativa em sala de aula.
“A parte prática do TCC considerei ímpar para o aprendizado, pois é momento de validar as teorias que aprendemos na sala. E desenvolver com os alunos foi muito proveitoso e interativo, ainda mais sobre um tema tão importante que é evolução biológica. Hoje, já estando dentro da sala de aula, eu procuro trabalhar essa prática e metodologias ativas para o engajamento e desenvolvimento dos meus alunos. Então, ver esse trabalho se tornar um artigo publicado, é de um aprendizado indescritível, que só foi possível porque tive como orientadora Adriane Barth, que me acompanhou e ajudou nesse aprendizado e validação desse conhecimento”, disse Edilene Rodrigues.