Os cursos deste primeiro ciclo se encerram no dia 22 de dezembro, atendendo 300 mulheres em cinco campi.
Entre os dias 02 e 11 de outubro estão acontecendo as aulas inaugurais do Programa Mulheres Mil nos campi do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) de Campo Novo dos Parecis, Cáceres, Cuiabá, Primavera do Leste e Rondonópolis. As aulas inaugurais contemplam atividades como acolhimento, mapa da vida e palestras, visando o acesso, permanência e êxito das participantes.
Dentre as atividades de acolhimento promovidas pelas coordenadoras locais, apresentações musicais, dinâmicas de apresentação e ginástica laboral ganharam destaque. Em um segundo encontro, o Mapa da vida realizado com as alunas, buscou compreender as trajetórias coletiva e a individual das mulheres e realizar o mapeamento de seus saberes.
O Mapa da Vida é um instrumento da ação pedagógica que coloca em perspectiva duas dimensões: a coletiva e a individual com o objetivo de potencializar o sujeito como autor e protagonista da história da sua vida e de seu grupo, buscando criar oportunidade e ambiente para a compartilhamento de experiências de vida, que são registradas, validadas e valorizadas.
As palestras com temas voltados para a mulher ocorreram nos cinco campi. Muitas das mulheres, além de já terem sido vítimas de algum tipo de violência, sentem-se também excluídas socialmente devido por exemplo à sua classe, sua identidade de gênero ou até mesmo por estarem divorciadas ou viúvas e distantes dos filhos, como é o caso da aluna Joana, de Campo Novo do Parecis que relatou:
“Olha, meus filhos de Rondônia diziam: ‘Não vamos conseguir trazer nossa mãe para perto de nós com uma viagem dessas e ela fica muito sozinha. Então a minha família ficou muito feliz e eu muito mais por ter a oportunidade de estar neste curso. Deus é maravilhoso que colocou vocês na minha vida. Eu achava que ia ficar desprezada, viúva mas não. Estou muito feliz”.
A coordenadora geral do Programa Mulheres Mil no IFMT, Eloisa Azeredo explica que para alcançar os objetivos de empoderar pessoas as coordenadoras locais e as direções dos campi também contam com o apoio de voluntários da área da saúde, segurança e de empresários das regiões.
“O objetivo maior vai muito para além da qualificação profissional das mulheres em situação de vulnerabilidade. Queremos também possibilitar momentos de reflexão, autoconhecimento, sororidade, trazendo assim mais empoderamento a todas mulheres que integram o programa”.
Os cursos deste primeiro ciclo atenderão 300 mulheres até a conclusão, em 22 de dezembro de 2023. A previsão para de 2024 é de expansão, com a oferta de novas vagas e novos cursos.
