A terceira fase da Revolução Industrial fora o início do ápice da globalização. Com ela, surge uma sociedade com exacerbado acesso à informação e, por consequência, mais indivíduos conectados. Indubitavelmente, o cenário atual não seria diferente ao de outrora, porém vê-se uma forte manipulação de uma classe dominante, a partir da alienação cibernética, que deve ser colocada em pauta.
Primeiramente, vislumbra-se a alienação e suas diversas formas. A dita alienação cibernética é feita através de algoritmos que geram dados referentes às pesquisas anteriores. Logo, o “Feed” torna-se homogêneo, criando barreiras virtuais às informações relevantes com alto grau de veracidade. Portanto, criamse fissuras no conceito de certo e errado e faz que os indivíduos tomem decisões equivocadas diante desta manipulação opressora.
Outro ponto a ser destacado é a existência da falsa ideia de liberdade de escolha passada aos indivíduos. A classe dominante propaga seus ideais à classe dominada, fazendo-a acreditar que tal posicionamento é inquestionável. Desta forma, limita-se o pensamento coletivo, confirmando que “cabeça (é) para usar boné”, conforme verso de Gessinger. Neste mundo unipolar, o indivíduo fica restrito apenas ao que é pré-determinado pelos detentores do poder capitalista.
Destarte, torna-se evidente que é necessária uma criticidade social referente ao cenário atual. Faz-se, portanto, mister uma reforma na grade curricular, com a ajuda do governo e professores, sobretudo de Sociologia e de Filosofia a fim de criar uma consciência social nos jovens que devem “abrir os olhos” para as tentativas constantes de manipulação, pois, Paulo Freire já dizia que a educação pode (e deve) ser libertadora.
Lucas Cajango
Aluno do 3ºano Alimentos
-IFMT- campus Rondonópolis
Nota acima de 900 pontos na Redação Enem 2018