O Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) Campus Rondonópolis encerrou nesta semana o curso de Formação Inicial Continuada (FIC) de Auxiliar de Cozinha. O curso, que foi desenvolvido entre os meses de dezembro e fevereiro, teve como objetivo desenvolver boas práticas no manuseio de alimentos e materiais de cozinha.
O maior número de estudantes participantes nesta primeira turma foi de técnica de alimentos/merendeiras das escolas públicas de Rondonópolis, mas também teve quem trabalha informalmente na área e quem busca uma recolocação no mercado de trabalho. E o curso foi fundamental para o aperfeiçoamento na organização dos alimentos e redução dos desperdícios.
Entre as servidoras do ensino público estava Dirce dos Santos, técnica em alimentação, há dez anos, que trabalha na escola José Antônio da Silva. De acordo com Dirce, o curso do IFMT acrescentou muito no esclarecimento sobre bactérias e microrganismos nos alimentos, e as boas práticas aprendidas já estão sendo utilizadas no serviço e em casa.
“O que aprendi estou levando para casa e para o serviço. E essa experiência que temos, já ensinamos para as colegas de trabalho que tem menos experiência. Na escola onde trabalho, eu digo que eu que mando, pois as vezes mudam a gestão e precisa de um trabalho continuo. E eu oriento o que deve ser separado para a merenda dos alunos”, contou a Dirce.
Outra aluna que também trabalha no setor de alimentos, é a confeiteira Cires Helena Neves, e trabalha no ramo há 20 anos. Para Cires, a organização do manuseio na cozinha foi o que mais fez diferença para ela, pois com a aplicação do manual de boas práticas, ela consegue a partir de agora dividir melhor o serviço com outras pessoas.
“Esse curso de auxiliar de cozinha não é oferecido por ninguém. E o que me chamou atenção é a organização do trabalho, fazer as rotinas, colocar no papel o que vai fazer. A gente faz na prática, mas não anota, mas se tem o passo a passo, outra pessoa pode executar a nossa função”, destacou Cires.
O curso de Auxiliar de Cozinha contou com uma carga horária de 85 horas, e expôs a parte Legislações específicas e Normas de Saúde e Segurança do Trabalho na grade de ensino, para garantir a produção de alimentos seguros para o consumidor e melhorando suas condições de acesso ao trabalho e à geração de emprego e renda.
E buscando uma recolocação no mercado de trabalho, a costureira Alzira Vicente, 59 anos, contou que descobriu o curso através de uma sobrinha que viu nas redes sociais, e não perdeu tempo de fazer a inscrição, pois está sempre em busca de conhecimento. E como já realiza alguns trabalhos informais fazendo salgados, acreditou que seria um adicional no seu currículo.
“Eu quero ter mais conhecimento e trabalhar na área. E muita coisa que aprendi era novidade para mim. Eu sou muito proativa, faço muitos cursos na área de alimentos. O tempo continua passando, mas eu continuo jovem e quero continuar aprendendo”, disse em tom alegre.
O curso que teve uma boa aceitação, deve abrir uma nova turma ainda este ano, contudo ainda não uma data prevista para o lançamento do edital.
