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IFMT 15 anos: Cursos de Licenciatura têm formado professores em regiões remotas

Publicado por: Campus Rondonópolis / 16 de Novembro de 2023 às 13:16

Há 15 anos o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) vem se firmando como uma das maiores instituições de ensino do país. Além do reconhecimento pela excelência em formar adolescentes no Ensino Médio Técnico, outra área que vem se consolidando são as Licenciaturas.

As licenciaturas do IFMT, chegam onde nenhuma outra instituição de ensino presencial chega. Nos lugares mais remotos, os acadêmicos têm acesso à pesquisa, extensão e bolsas de estudos, que ajudam a manter esses estudantes envolvidos com o curso escolhido.

Atualmente, o IFMT conta com 14 cursos de Licenciatura, que estão localizados em sete municípios diferentes.

Assim, as licenciaturas no IFMT têm formado profissionais capacitados para atuar na educação básica, contribuindo para o desenvolvimento da educação no Estado de Mato Grosso.

Durante o V Seminário de Licenciaturas, aconteceu a palestra com o professor doutor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Marcos Vinícius Ferreira Vilela, um dos pioneiros na implantação dos cursos de Licenciatura do IFMT. E em entrevista, Vilela contou um pouco sobre a história de como através de muitas discussões e encontros, os servidores têm demonstrado empenho para a ampliação dos cursos e bolsas para os acadêmicos.

Ascom IFMT - Como iniciou o processo de implantação das Licenciaturas do IFMT?

Marcos V. - O processo de implantação das licenciaturas começou pouco antes de 2010. O curso de Licenciatura em Ciências da Natureza estava iniciando no município de Jaciara, que possui um Núcleo Avançado para oferta de cursos de formação de professores.

Durante esse tempo, houve um grupo de professores, que se dedicavam tanto aos projetos, quanto às pesquisas na área de formação de professores. E a partir dessa região, começaram algumas ações, principalmente porque era um momento que tinham editais da CAPES [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] que fomentavam os cursos de licenciatura.

Inicialmente Pró-docência, um programa que tinha como objetivo o fomento a consolidação dos cursos de licenciatura no país. Então a partir dele tivemos a consolidação da Licenciatura, tanto na perspectiva de formação de recursos humanos, como na consolidação da infraestrutura do próprio curso.

Então após o Pró-docência, tivemos o primeiro edital para  o PIBID [Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência], que foi uma ferramenta de consolidação das licenciaturas no IFMT.

Ascom IFMT - Quando iniciaram os encontros para discutir as melhorias da Licenciatura no IFMT?

Marcos V. - Em 2015 tivemos o primeiro Seminário de licenciatura do IFMT. Ele não se chamava ainda Semilic, como é atualmente. E esse evento foi feito em Jaciara e teve uma participação muito grande de bolsistas do PIBID.

O evento foi apoiado pelo IFMT e foi também uma ação da segunda versão que nós aprovamos que é o pró-docência. Então o recurso veio da CAPES e do IFMT.

A partir do PIBID começamos o processo de articulação, pois havia a atividade obrigatória, que era o Seminário Integrador de Licenciatura e dentro desse momento tínhamos fala de experiências do que acontecia dentro das Licenciaturas.

Ascom IFMT - As bolsas de iniciação científica são um diferencial das licenciaturas do IFMT. Como foi o processo para essa conquista?

Marcos V. - Em 2013 tínhamos só 25 bolsistas do PIBID e no segundo edital tivemos 102 bolsistas. Aumentou muito a quantidade de bolsistas, apesar de continuar a mesma quantidade de cursos.

Depois teve todo um momento de mudanças políticas no país, e começou ter fragilidade na docência por causa dos cortes. Então começa a se discutir a possibilidade de um apoio institucional para manter a quantidade de bolsistas, que foram cortadas pela CAPES.

Nesse momento, quando tínhamos o segundo edital do PIBID, aconteceu o Primeiro Encontro de Ensino Superior do IFMT. Na época, a  professora Vera Cristina de Quadros apresentou as problematizações, e o então reitor, José Bispo Barbosa se comprometeu com a realização de novos seminários, como também com a perspectiva de se apresentar um programa específico de bolsas para as licenciaturas.

Ascom IFMT - Quais outros apoios o IFMT teve para a consolidação das Licenciaturas?

Marcos V. - Dentro de MT tivemos também o apoio muito importante da REAMEC, que é a Rede Amazônica de Ciência em Matemática. Que veio da perspectiva de oferecer um doutorado em Educação em Ciência e Educação em Matemática.

Sou egresso desse programa, assim como vários colegas que atuam nas licenciaturas.

Marcos Vinicius Ferreira Vilela atualmente é professor adjunto da UFG, da Licenciatura das Ciências Biológicas e professor permanente no programa de pós graduação em Educação em Ciência e Matemática

A Licenciatura mudando a realidade no interior de MT

Em Confresa, o IFMT tem feito a diferença, pois é o Campus com mais cursos de licenciatura. Atualmente, a Instituição está formando docentes nas áreas de Física, Matemática, Biologia e Ciências da Natureza com habilitação em Química.

De acordo com Thiago Lopes, o IFMT está deixando uma marca muito forte na transformação da realidade de pessoas que não tinham oportunidade de ter acesso ao ensino superior, e hoje estão se tornando referência no ensino. 

Um exemplo muito prático citado pelo coordenador do curso de matemática, é o fato de atualmente o IFMT ter formado 13 professores de Física e esse ser exatamente o número de professores dessa área na região. Antes, pela distância, faltavam docentes especializados em Física, e os estudantes precisavam ter aula com professores de outras áreas, como a matemática.

“Se não fosse o IFMT, não existiriam professores de Física na região. Os nossos alunos estão se formando e retornando para o IF para serem nossos colegas. O curso de química, por exemplo, tem 80 alunos formados e ainda faltam profissionais, pois nos Estados vizinhos também faltam professores e o IFMT está suprindo essa carência. Nosso Campus é o que mais tem curso de licenciatura e faz muita diferença social na região onde moramos”, disse.

Jornalista: Rafaela Souza - Campus Rondonópolis

 

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