Estudantes do projeto de Ciências Forenses do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) Campus Rondonópolis, participaram nesta terça-feira (07) de uma visita na unidade da Polícia Técnica (Politec). A atividade promovida teve objetivo de mostrar na prática como acontece uma investigação e de que forma podem ser aplicadas todas as lições aprendidas no curso nos últimos dois meses.
Durante as aulas, são apresentados os princípios científicos e técnicas para investigar crimes e apoiar o sistema de justiça. Os investigadores da Politec mostraram como são realizadas as coletas de amostras para análises e de que forma os crimes são desvendados, utilizando a Ciência Forense.
Uma das características destacadas para os estudantes, foi a importância de uma equipe multidisciplinar na composição da Politec, na qual, há engenheiros, matemáticos, farmacêuticos, entre outros profissionais. E pensando justamente nisso é que os 20 estudantes selecionados são oriundos dos quatro cursos técnicos de ensino médio (Alimentos, Informática, Química e Secretariado).
De acordo com o coordenador do projeto, o professor de Química, Felipe Perin, o curso foi pensado como forma de desmistificar uma área da ciência que é muito romantizada pelas séries e filmes, e ao mesmo tempo, mostrar que pode ser uma possibilidade de trabalho para todos que tenham interesse.
“Quando mostramos de fato como funciona a rotina de um perito criminal, as pessoas conseguem compreender um pouco mais que se trata de uma área que tem uma gama de possibilidades. E no IFMT pensei em incluir todos os cursos técnicos, pois não se trata apenas da área Química. O Secretariado, por exemplo, pode entrar em análise documental, a Informática em crimes de web… E durante todo o projeto fizemos aulas práticas periciais de forma didática, e a visita hoje veio consolidar tudo que vimos nos laboratórios do IF”, explicou Perin.
A visita dos discentes do IFMT na Politec, foi uma ação inédita no local, e os estudantes foram bem recebidos pelos servidores, que separam muitos materiais e amostras para apresentar durante toda a tarde.
Para o perito criminal e engenheiro agrônomo, Eder Jones da Silva, receber uma instituição que tem na sua essência a Ciência e Tecnologia, como é o caso do IFMT, foi muito importante para ajudar a disseminar o trabalho que é desenvolvido pelos profissionais da polícia técnica.
“A Instituição [IFMT] é voltada para Ciência e Tecnologia, então tem tudo haver com perícia. E é muito importante esse intercâmbio, para divulgar o trabalho da Politec. É muito importante que a sociedade conheça nosso trabalho, para que tenhamos mais eficiência nas investigações, pois os locais de crimes manteriam sua integridade”, disse.
O projeto com duração de três meses, voltado apenas para os estudantes do IFMT, será finalizado em dezembro. E os conteúdos estudados foram: Introdução a perícia criminal, Biologia Forense, Identificação de Sangue, Extração de DNA, Impressão Digital e Plantar, Papiloscopia, A cena de um crime: Aspectos psicossociais, Identificação de medicamentos, Bafômetro Químico e Identificação de drogas, Simulação da cena do crime, Análise das evidências e Resolução do crime.