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Da teoria à prática: Aula de Campo leva acadêmicas do curso de LCN para regiões da Chapada dos Guimarães, Cuiabá e Pantanal

Publicado por: Campus Rondonópolis / 29 de Maio de 2023 às 13:38

O dia nem tinha clareado, e 23 acadêmicas do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza (LCN) do Campus Rondonópolis estavam prontas e rumo a aula de campo das matérias de Geografia e Biologia. Entre formações rochosas e biomas, as estudantes entenderam sobre a história natural da região da Chapada dos Guimarães, Cuiabá e Pantanal, e viram na prática o que é dito em sala de aula.

O primeiro dia da expedição, começou na região da Chapada dos Guimarães. A parada estratégica teve como objetivo mostrar através da Geografia a importância da valorização do Estado de Mato Grosso. E no centro geodésico da América do Sul, que é um marco geográfico que representa o ponto exato onde as coordenadas geográficas do continente sul-americano convergem, as primeiras informações foram repassadas pelo professor Sidney Albacete.

  

  Seguindo para o ponto turístico do Véu das Noivas, o contato com a fauna e flora local encantou a todos, por ser um dos biomas mais ricos e diversificados do Brasil. E na observação da cachoeira e de um casal de Araras vermelhas, a professora e doutora em biologia, Adriane Barth, destacou a importância da conservação do Parque da Chapada dos Guimarães para a proteção dos animais que vivem no local, mas que constantemente precisam fugir das queimadas, que prejudicam também a recuperação das plantas.

Para finalizar o primeiro dia do percurso, foi realizada uma visita ao Museu de História Natural de Mato Grosso. Entre os destaques do museu, estão os fósseis de animais pré-históricos encontrados na região, como dinossauros e preguiças gigantes. Esses fósseis são importantes para entender a evolução da fauna que habitou o território mato-grossense ao longo dos tempos.

Além das exposições permanentes, o Museu de História Natural de Mato Grosso promove exposições temporárias, palestras, cursos, oficinas e atividades educativas para o público em geral, com o objetivo de conscientizar sobre a importância da preservação da biodiversidade e do meio ambiente.

Segundo o docente, Sidney Albacete, a proposta da viagem de campo é comparar as informações repassadas em sala de aula com a realidade. Assim, os futuros professores tenham uma formação mais completa e consigam passar para os seus futuros alunos.

“Nessa etapa da nossa aula, no Museu de História Natural, nós conseguimos estudar um pouco mais sobre a história do homem primitivo e dos animais que habitavam nossa região. Então esse é o nosso objetivo, que o aluno formado pelo IFMT, no curso de Licenciatura consiga vivenciar isso e possa transmitir quando se tornarem professores”, disse.

Segundo dia

Durante os dois dias de experiência em campo, ficou claro para as futuras professoras, que para entender melhor a natureza é necessário acordar com ela. E no segundo dia, antes mesmo do sol aparecer no horizonte, todas estavam a caminho da Estrada Transpantaneira para ver os animais saindo do ninho em busca de alimento.

A escolha da Estrada Transpantaneira foi devido a sua localização, pois ela atravessa uma grande extensão da região do Pantanal. Ela tem início na cidade de Poconé, situada a cerca de 100 quilômetros de Cuiabá, e se estende por aproximadamente 145 quilômetros até a cidade de Porto Jofre, às margens do rio Cuiabá.

    

Os primeiros minutos de aula aconteceram no portal da estrada parque, e logo todos seguiram com objetivo de ver jacarés, garças, e com muita sorte a contemplação terminou com a vista de dois casais de tuiuiús. No retorno, o grupo pode ainda ver a passagem de uma boiada, que é uma das principais economia da região.

Para finalizar o dia de campo, a última visita acabou em um local de garimpo já abandonado, mas que tinha na cratera a marca da degradação na região. 

Historicamente, Poconé é uma região conhecida por suas atividades garimpeiras, principalmente relacionadas à extração de ouro. Durante o período colonial e o ciclo do ouro no Brasil, muitos exploradores e garimpeiros se aventuraram pela região em busca de riquezas minerais.

 

Para a acadêmica Paula Nascimento, do 5º semestre em LCN, participando pela primeira vez de uma aula de campo, a atividade foi uma experiência muito rica no seu currículo e despertou nela a vontade de também realizar atividades assim com os estudantes, quando ela se tornar professora. “Nunca tinha vindo ao Pantanal, e é muito maravilhoso ter essa aula prática. E dessa vivência sensacional, eu levo como aprendizado a questão da preservação, mais conhecimento e futuramente quem sabe consigo trazer meus alunos. É uma experiência que é necessária vivenciar!”.

As aulas de campo no Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) são uma importante atividade complementar ao ensino teórico e prático oferecido pela instituição. Essas aulas têm como objetivo proporcionar aos estudantes a oportunidade de vivenciar experiências reais no ambiente externo, aplicando na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula.

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