A fim de solucionar o problema de incêndios acidentais no capim dentro do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) campus Rondonópolis, nasceu o projeto “Recuperação e Educação Ambiental” que veio dar uma nova cara para o IF, e através do plantio de árvores, a paisagem do campus mudou ao mesmo tempo em que a flora típica do cerrado foi recuperada.
Iniciado em 2011, o projeto coordenado pelo professor de geografia Wilson Soares não possuía muitos recursos, e o plantio era feito de acordo com que chegavam as doações de mudas. Contudo, logo o trabalho foi ganhando corpo, e em 2015 recebeu o aval da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propes), com isso, pode ter a contratação dos bolsistas Lucas Félix de Souza e Rafael da Silva e Souza. Além disso, foi feita também uma parceria com a professora e mestre em biologia Fabiane Batista.
“O projeto nasceu na perspectiva de criar um ambiente melhor para nossa instituição. Quem conhece nosso espaço, sabe que temos uma área composta por capim, e quando chega período de estiagem acaba criando problema com o fogo. Então, para resolver decidimos refazer o cerrado da região que irá servir para pesquisas futuras”, explicou Soares.
Com o projeto formalizado foi feito um levantamento geográfico e estudo para uma aplicação correta das técnicas para os cuidados com as árvores de reflorestamento. E com a colaboração dos alunos, as plantas receberam cuidados especiais principalmente no período de seca.
“Depois de preparar a terra nós realizamos o plantio das mudas com a colaboração dos servidores do campus. Depois fizemos a identificação e fixamos estacas para garantir o crescimento correto das plantas. E devido ao período da seca que a região se encontrava, precisávamos regar as plantas duas vezes por semana”, explicou Rafael Souza.
Já para o aluno Lucas Silva a participação do projeto trouxe várias ganhos, mas o principal foi para o aprendizado. “O projeto foi importante para o meu ensino e aprendizado de vida. Ele ensinou que temos que manter a preservação do cerrado, que está sendo extinto pela agropecuária e por outros fatores”, disse.
Atualmente, o Campus possui mais de 100 árvores plantadas. Contudo, não é apenas a natureza que ganha com isso, pois de acordo com Soares, o aprendizado multidisciplinar foi fundamental para o crescimento dos alunos.
