O programa do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) Teresa de Benguela, que busca estimular o empoderamento e a geração de renda de mulheres pelo empreendedorismo, ganhou mais uma parceria. Dessa vez foi com a Comarca de Rondonópolis, através da Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, representada pela Juíza Maria Mazarelo.
Em reunião nesta segunda-feira (6), no Fórum, estiveram presentes representantes do IFMT, Senac, Prefeitura e Câmara de Rondonópolis. E a pauta única discutida foi a abertura de oportunidades para mulheres que sofrem violência doméstica poderem se tornar independentes financeiramente através de capacitações.
O pró-reitor de extensão do IFMT, Marcus Taques, ao apresentar o programa Tereza de Benguela que tem exatamente essa linha de dar capacitação para mulheres, destacou os prêmios conquistados através das ações realizadas em vários campi. “Através desse programa o IFMT ganhou um prêmio nacional de melhor prática de extensão exitosa no Brasil, no encontro nacional dos reitores do Brasil(...), tivemos um artigo aprovado em uma revista internacional sobre liderança de mulheres, menção honrosa no Prêmio Direitos Humanos Padre José Caté da Assembleia Legislativa de Mato Grosso”, destacou Taques.
Durante a reunião, a coordenadora do projeto ‘Donas de Si’, Arislene Santos apresentou as ações que serão iniciadas ainda neste mês de maio em Rondonópolis voltado para as mulheres em situação de vulnerabilidade.
Donas de Si, faz parte dos 9 projetos aprovados dentro do edital Tereza de Benguela, e de acordo com a coordenadora tem como objetivo capacitar as mulheres para o empreendedorismo próprio, sabendo administrar os recursos que ganham dentro das atividades desempenhadas, seja sendo faxineira, manicure, entre outros.
“Esse projeto tem como objetivo capacitar essas mulheres para trabalhar dentro de um aplicativo de chamada. Elas vão receber uma chamada no aplicativo, como se fosse um UBER, e essas mulheres vão ter um pré-preparo no IFMT sobre finanças, imagem pessoal, o que é toda essa parte de higiene pessoal. Elas vaõ poder gerir quantas unhas vão fazer por dia, por exemplo, e então elas vão poder ser donas de si. E nós sabemos que quando essas mulheres tem essa emancipação econômica, elsa fazem escolhas melhores e diminui a vulnerabilidade social”, explicou Arislene Santos.
Abraçando o projeto, a Prefeitura de Rondonópolis através do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) se apresentaram para auxiliar na indicação e capacitação das 40 mulheres que deverão fazer parte do projeto.
Para a juíza Maria Mazarelo, o projeto Teresa de Benguela vem ao encontro das necessidades da sociedade, que precisa dar mais apoio às mulheres em vulnerabilidade. “As deficiências que chegam aqui (Vara da família) são gritantes que a gente não sabe nem por onde começar. Aliás, temos que começar primeiro por salvar as vidas das mulheres no ponto de vista psíquico. E eu queria a possibilidade de abrir o projeto para encaminhar vitimas para serem atendidas”, solicitou Mazarelo.
